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Manuel Beninger

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O Chá eleva o espírito e convida à sabedoria: Confraria Atlântica do Chá

História da Confraria Atlântica do Chá

Em Março de 2006 a casa dos Açores do Norte organizou, no Círculo Universitário do Porto, o 1º Congresso Nacional do Chá, no qual foram feitas abordagens ao chá sob diversos pontos de vista: literário, económico, histórico, social, científico, nutricionista.

Mais de dezena e meia de especialistas e professores universitários apresentaram comunicações de elevado nível cultural e científico, enriquecendo os resultados deste evento que ficou indelevelmente marcado pela apresentação, por parte da drª Thuy Tien, da comunicação intitulada "Proposta da Criação da Confraria Atlântica do Chá".

Esta proposta logo desencadeou uma onda de adesões entre os participantes do Congresso e, mais tarde, de outras pessoas e entidades, resultando, como seria de esperar, na fundação da confraria, também na cidade Invicta, em 11 de Abril de 2007, sob o lema: "O chá eleva o espírito e convida à sabedoria".

Entre os confrades fundadores estão a Casa dos Açores do Norte, a Câmara Municipal da Ribeira Grande, a Fundação Oriente, as lojas Cores do Chá (Braga), First Flush (Lisboa), Rota do Chá (Porto), Unilever/Lipton, Plantações Chá Gorreana (Açores), o alpinista João Garcia e a Presidente da SPCNA, entre outros.

Evidentemente que a que a ideia do Congresso e subsequente ideia da Confraria, tiveram como base o facto de se cultivar nos Açores a planta do chá. Sem pretenderem "açorianizar" a confraria os seus promotores assumem que "está implícita na sua fundação a promoção do chá dos Açores e a expansão do seu cultivo"

O espaço e a acção desta confraria não têm limites nem fronteiras afirmando como objectivos; contribuir para desenvolver o culto do chá; dar a conhecer as suas características e qualidades; contribuir para o aumento do seu consumo.

Mas, para além dos que estão implícitos nos objectivos atrás referidos, a Confraria Atlântica do Chá pretendem igualmente; organizar tertúlias, cursos, provas, degustações, workshops e rituais de chá; incrementar a produção e desenvolvimento de áreas de cultivo de chá na Região Autónoma dos Açores e distinguir anualmente, com troféus de excelência, Salões de Chá e Comerciantes de Chá.

Sublinhe-se que os Açores são a única região europeia a produzir chá comfins industriais. Por isso, a Confraria Atlântica do Chá considera correctodizer-se que o chá açoriano é o chá europeu.

Como curiosidade, refira-se que em Março de 1878 foram contratados dois chineses (Lau-a-Teng e Lau-a-Pan) para ensinar a cultivar e produzir chá na ilha de S. Miguel.

Curioso é, também, o e-mail enviado à confraria em Junho de 2008, por Almerindo Lopes, Confrade e Mestre de Chanoyu, residente em Quioto.

Eis a transcrição:

"Tenho a comunicar-lhe que tive o privilégio de ter servido um chá verde Gorreana à esposa do meu Mestre, Sen Soshitsu, XVI geração de Sen no Rikyu, prima direita da actual Imperatriz do Japão e Membro da Família Imperial do Japão. A sua expressão referindo-se ao chá Gorreana foi: "É um chá de leve e delicado sabor".

Houve grande surpresa ao saberem que havia cultivo de chá em Portugal".

Traje

Kimono inspirado no Oriente terra de onde o chá originário. Capa com capucho inspirada no traje típico açoriano, única região da Europa onde se cultiva chá. O logo bordado na capa representa as três primeiras folhas do chá.

Flor do chá

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